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O que é envelhecimento precoce dos dentes?
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Antigamente, a cárie, na infância, e a doença periodontal, na idade adulta, eram as principais responsáveis pelos problemas da boca. Escovar bem os dentes e cuidar das gengivas eram os cuidados recomendados. Hoje em dia, a preocupação é também com as lesões cervicais não cariosas (perdas na estrutura cervical do dente, tais como abrasão, erosão e abfração) e hipersensibilidade dentária (perda da estrutura mineral dos dentes), já que os dentes estão envelhecendo mais rapidamente.
Esta é uma doença contemporânea, com relação direta com nosso estilo de vida. A doença não cariosa, que no passado era uma exclusividade das pessoas acima dos 70 anos, hoje é encontrada em 30% dos jovens entre 25 e 30 anos. A aparência dos dentes influi significativamente na aparência da face como um todo. O envelhecimento precoce dos dentes empresta também à face uma aparência envelhecida.
Quais são as causas do envelhecimento precoce dos dentes?
Alguns fatores de risco para o envelhecimento precoce dos dentes são conhecidos:
- Ex-usuários de aparelhos ortodônticos nos quais podem ocorrer alterações irreversíveis na estrutura do osso que suporta os dentes.
- Indivíduos com algum tipo de doença gástrica, como refluxo gastroesofágico, nos quais o problema é causado pelo ácido clorídrico do estômago.
- Atletas amadores cuja nutrição esportiva inclui um grande volume de bebidas cítricas.
- Pessoas que cerram, trincam e rangem os dentes, provocando uma sobrecarga na articulação temporomandibular.
- Aqueles que sofrem os efeitos colaterais de medicamentos ou tratamentos agressivos, como quimioterapia e radioterapia.
Quais são as principais características do envelhecimento precoce dos dentes?
É razoável esperar-se ver dentes desgastados em pessoas idosas. No entanto, é comum ver-se um grande número de pessoas que longe de serem consideradas idosas exibem dentes envelhecidos: curtos, descoloridos e desgastados. Além do impacto estético do desgaste dentário, há problemas de saúde envolvidos.
Os primeiros sintomas do envelhecimento precoce dos dentes costumam ser a hipersensibilidade dos dentes, fratura dos dentes e dor na articulação da mandíbula e nos músculos faciais. O esmalte do dente é perdido e a dentina fica exposta e, em consequência, vem a dor. A gengiva se retrai precocemente, e a lesão evolui para uma cavidade, que vai se aprofundando até a perda do dente.
A camada mais externa da estrutura do dente, conhecida como esmalte, é a substância mais dura do corpo humano. Uma vez que este esmalte é desgastado, a dentina fica exposta. A dentina tem aproximadamente a mesma dureza que o osso e é mais escura que o esmalte. É por causa dessa exposição da dentina mais escura que os dentes ficam escurecidos à medida que se desgastam. Além disso, como a dentina é mais macia que o esmalte, o desgaste dos dentes se acelera.
O desgaste severo não é o resultado da função normal de mastigar, mas antes, o resultado de hábitos como o ranger, apertar os dentes uns contra outros e roer as unhas. Um tipo especial de desgaste dentário conhecido como erosão ocorre como resultado do ataque de ácidos nos dentes. Ácidos estomacais entram em contato com os dentes quando os pacientes sofrem de doenças de refluxo ácido ou bulimia. Uma dieta altamente ácida também pode causar erosão dos dentes.
Como prevenir o envelhecimento precoce dos dentes?
- Evite o desgaste de seus dentes. Conforme você envelhece, o desgaste de seus dentes é inevitável, mas há muito o que você pode fazer para minimizar esse efeito. Tudo que você mastiga, desgasta em algum grau o esmalte dos seus dentes, mas procure não mastigar alimentos duros, como gelo, por exemplo, que os desgasta mais agudamente. Isso pode causar pequenas lascas no seu esmalte, às vezes imperceptíveis, e até mesmo dentes quebrados.
- Mantenha suas gengivas saudáveis, livrando-as de bactérias e placas que podem causar dor, inchaço, sangramento e infecções em suas gengivas, danificando o osso abaixo. Os sinais de doença da gengiva incluem: sangramento quando você escova seus dentes; gengivas que retraem ou recuam dos dentes; dentes frouxamente presos ou inteiramente soltos e mau hálito. A melhor maneira de manter as gengivas em boa forma é cuidar bem dos dentes e frequentar regularmente seu dentista.
- Não deixe sua boca secar. A saliva ajuda a limpar os dentes e a proteger sua boca da deterioração e de mais cáries. Combata o ressecamento, que pode ser causado pelo envelhecimento e por alguma medicação. Para evitar isso, beba mais água, segurando-a na boca por alguns segundos antes de engolir e/ou mastigue um chiclete sem açúcar.
- Esmalte desgastado, problemas de gengiva e cáries podem tornar seus dentes mais sensíveis e podem doer quando você beber algo quente ou frio ou mesmo quando você escovar os dentes um pouco demais. Mas há muito o que você pode fazer para mantê-los em forma. Um bom atendimento odontológico é a melhor prevenção.
- Evite a permanência dos ácidos bucais. Bebidas gasosas, frutas cítricas e sucos contêm ácido. Alimentos açucarados e com amido fazem com que sua boca produza ácidos que causam um desgaste do esmalte dos seus dentes. Coma esses alimentos nas suas refeições principais, não nos lanches, porque é quando sua boca produz mais saliva para ajudar a lavar o ácido. O leite e o queijo, usados depois desses alimentos, ajudam a “cancelar” o ácido.
- À medida que a pessoa envelhece, há uma pequena chance de desenvolver câncer de boca, garganta, língua ou lábios, afetando seus dentes. A melhor maneira de evitar isso é parar de fumar, beber álcool apenas com moderação e usar protetor labial com protetor solar.